Uma equipe de pesquisadores internacionais revelou um minúsculo robô de plástico macio modelado no clássico pólipo de coral, feito de polímeros responsivos, que se move sob a influência da luz e do magnetismo.
Entretanto o mini robô é ideia da doutoranda brasileira e gaúcha Marina Pilz da Cunha: “Fui inspirada pelo movimento desses pólipos de coral, especialmente sua capacidade de interagir com o ambiente por meio de correntes auto-fabricadas.”
A gaúcha que atualmente esta na Universidade Eindhoven de Tecnologia, na Holanda, propõe usar esse conceito para capturar partículas contaminantes na água.
O pólipo artificial sem fio desenvolvido tem 1 por 1 cm, tem uma haste que reage ao magnetismo e tentáculos direcionados pela luz. “Combinar dois estímulos diferentes é raro, pois exige preparação e montagem delicadas de materiais, mas é interessante para a criação de robôs não amarrados porque permite a realização de mudanças de formas e tarefas complexas”, explica Pilz Da Cunha.
A haste se move sob a influência do magnetismo, portanto, cria uma corrente na água que atrai a gota de óleo para seus tentáculos. Os tentáculos então se fecham em torno da gota de óleo, sob a influência da luz ultravioleta. A luz azul pode abrir os tentáculos novamente para liberar a gota.
E, ao colocar um ímã rotativo embaixo do robô, sua haste gira em torno do próprio eixo. “É, portanto, realmente possível mover objetos flutuantes na água em direção ao pólipo, no nosso caso gotículas de óleo,” contou Marina.
Segundo Marina o robô também funciona da mesma forma em água salgada, ou água com contaminantes e que a verdade, no futuro o pólipo poderá filtrar os contaminantes da água, capturando-os com seus tentáculos.
A aluna de doutorado está agora trabalhando na próxima etapa: uma série de pólipos que podem trabalhar juntos. Espera realizar o transporte de partículas, no qual um “robô” passa em um pacote para o outro.
Referências
Esta pesquisa foi publicada na revista PNAS em 13 de julho. Realizado no departamento de Engenharia Química e Química e no Instituto de Sistemas Moleculares Complexos da Universidade e Tecnologia de Eindhoven. Título: Um pólipo aquático artificial que atrai, apreende e libera objetos sem fio.