Carl Friedrich Gauss (1777-1855) foi o maior de todos os matemáticos que já se teve notícia. Ele nasceu na Alemanha e desde criança já mostrava traços da sua genialidade.
Quando tinha apenas 3 anos de idade, corrigiu um erro nas contas da folha de pagamento do seu pai. Incrível, não?
O pai de Gauss, infelizmente, não tinha dinheiro para ajudar o seu filho a se desenvolver nos estudos. Mas o talento de Gauss era cada vez mais evidente, e por isso chamou a atenção de muitos homens influentes em sua comunidade entre eles, o duque de Brunswick, que financiou sua educação.
Assim, por volta dos seus 15 anos, já conhecia os trabalhos de Newton, Euler e Lagrange. E foi quando descobriu o Teorema do Número Primo.
Nesse mesmo período, ele inventou o Método dos Mínimos Quadrados e concebeu os conceitos da famosa “Curva Normal” ou “Curva Gaussiana”, relacionada à Distribuição na Teoria das Probabilidades.
A juventude de Friedrich
Com todas essas descobertas ainda fez mais! Os gregos antigos sabiam construir, com régua e compasso, polígonos regulares de 3, 4, 5 e 15 lados e todos aqueles que podem ser obtidos dividindo os ângulos em 2 partes iguais. Isso era tudo que sabiam e esse problema ficou em aberto, por 2.000 anos.
E aos 18 anos Gauss resolveu o problema completamente, provando que outros polígonos podem ser construídos se respeitada determinada condição.
Em 1801 ele publicou um livro chamado tratado Disquisitiones Arithmeticae, o qual é considerado um marco do início da moderna Teoria dos Números.
Já no seu doutorado existiu outro marco na história da Matemática. Após várias tentativas frustradas de matemáticos anteriores, como D’Alembert, Euler, Lagrange e Laplace, o Teorema Fundamental da Álgebra foi provado.
Gauss foi o primeiro matemático a usar números complexos e a Geometria no Plano Complexo com total segurança.
Gauss na astronomia
Nas últimas décadas do século XVIII, muitos astrônomos procuravam um planeta entre Marte e Júpiter. O primeiro e maior dos numerosos “planetas menores” de hoje, conhecidos como asteroides.
O mesmo foi descoberto naquela região em 1801 e foi chamado de Ceres. O ponto é que esse “planeta” era muito pequeno e se perdeu no céu, ou seja, era muito difícil de ser visto nas melhores condições e ficou perdido na luz do céu próximo ao Sol.
Os esparsos dados obtidos da observação dificultaram o cálculo da órbita com precisão suficiente para localizá-lo. Foram vários meses de tentativas frustradas. Até que Gauss foi atraído pelo desafio.
Pegou os dados passados pelos astrônomos, aplicou o seu Método dos Mínimos Quadrados aliado à sua destreza com os cálculos numéricos e determinou a órbita. Assim, contou aos astrônomos para onde deveriam mirar seus telescópios; e lá estava Ceres.
Isso lhe rendeu fama, um aumento da pensão recebida do duque e, em 1807, uma nomeação como professor de Astronomia e primeiro diretor do novo observatório em Göttingen.
Nas primeiras duas décadas do século XIX, Gauss produziu uma série de trabalhos sobre Astronomia, entre eles, o tratado Theoria Motus Corporum Coelestium, de 1809; essa foi a “bíblia” dos astrônomos por mais de um século.
Estudos de física
Gauss também se debruçou em estudos de física, criando a ciência do geomagnetismo. Inclusive, Maxwell publicou seu trabalho sobre Eletromagnetismo em 1873 e há diversas referências a Gauss nele.
No prefácio, o matemático disse: “Gauss dirigiu seu poderoso intelecto para a teoria do magnetismo e para os métodos de observação, e ele não só contribuiu grandemente para aumentar nosso conhecimento na Teoria da Atração, mas reconstruiu toda a Ciência do Magnetismo no que diz respeito aos instrumentos usados, métodos de observação e cálculo dos resultados…”.
E por conta dessa suas descobertas, foi dado seu nome “Gauss” a uma unidade de medidas, que é utilizada para definir a densidade de fluxo magnético ou indução magnética de ímãs permanentes ou equipamentos que geram um campo magnético.
Hoje em dia, para saber essa densidade é utilizado um aparelho chamado Gaussmeter, que é indispensável para o uso em linhas de produção e laboratórios que precisam de uma leitura avançada de fluxo magnético.
Novos reconhecimentos
Depois da morte de Gauss foi achado um caderno seu de 19 páginas, para pesquisas pessoais, que permaneceu desconhecido até 1898. As anotações datam de 1796 até 1814 e consistem em 146 enunciados concisos. Para se ter uma ideia, se ele não tivesse feito nada do que foi publicado até então, apenas o conteúdo deste caderno já o tornaria o maior matemático de seu tempo!
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Fonte: https://engenharia360.com/serie-grandes-matematicos-que-foi-gauss/
